sábado, 9 de julho de 2011

D. Quixote destroi João Sem Medo

Comprei um exemplar das Aventuras de João sem Medo, de José Gomes Ferreira, numa edição chancelada pela D. Quixote (ISBN 978-972-20-3553-8). Era para oferecer à minha melhor aluna de Língua Portuguesa de 2010/2011. Felizmente (?), antes de o entregar à aluna, dei uma olhadela ao texto. Terríveis gralhas! Logo na primeira frase, "os homens haviam estalado um Parque". Até fui verificar na "minha" edição (6ª edição, Diabril Editora, 1976), para confirmar o óbvio: é "haviam instalado". Pensei: bem, corrijo isto a caneta, e entrego... se não houver mais gralhas—enquanto ia lendo mais um pouco. Não precisei de avançar muito. Logo na segunda página do texto: "essa Floresta Maltida"! Fui verificar de novo, até porque agora até podia ser um ferreirismo, contração de "mal tida". Não, a minha edição regista "Maldita". Fico muito triste por ver assim tão maltratada uma obra prima da literatura portuguesa. Duas páginas, duas gralhas. O texto tem 170 páginas...

Atualização em Novembro 2011:
Comuniquei este facto à editora em Julho 2011. Nenhuma resposta até agora. (Será que a próxima edição terá uma errata de 170 linhas?)